Adoptei um gato de rua e agora?

Antes de mais, parabéns! Saiu-lhe a sorte grande e você ainda não sabe. Apenas cerca de 30% dos gatos que habitam as nossas casas foram uma decisão pensada… sim, os restantes 70% quis o destino que se cruzassem.

Mas, atenção, caso seja um recém-nascido, deve certificar-se de que a mãe efectivamente não está nas imediações, permanecendo durante algum tempo no lugar para comprovar a sua ausência. É frequente as mães gatas mudarem as suas crias de lugar de forma a reduzir os perigos a que estão sujeitos na rua e fazem-no com uma cria de cada vez.

Não havendo sinais da mãe, deve dirigir-se a uma clínica veterinária para obter toda a informação relativa sobre “como cuidar de um gatinho recém-nascido”. Vai ter muito trabalho pela frente, mas é uma ligação para a vida.

Sendo um gatinho mais autónomo ou já mesmo adulto, amigável, que permita o toque e que se deixe colocar em uma transportadora, a primeira coisa a fazer é levá-lo a uma clínica veterinária para ser examinado e efectuar a sua desparasitação interna e externa. Esta consulta também é importante para obter outras informações, como qual é a alimentação mais adequada e os cuidados a ter.

Caso já tenha outro(s) gato(s) em casa, o médico veterinário pode sugerir algum exame complementar antes de introduzir o novo gato na família.

A integração de um novo membro felino em casa, seja o primeiro ou não, deve ser feita de uma forma gradual, uma vez que terá de se ambientar a um novo “território”.

Caso haja gatos residentes, o gato novo deve ser colocado numa área separada destes.

Devem ser criadas três zonas distintas: uma para descanso, uma para as refeições e outra para higiene.

Aos poucos e poucos, o novo companheiro felino vai familiarizar-se com as rotinas, cheiros, sons e vida da casa. Há que respeitar sempre o seu espaço e dar-lhe tempo para se aproximar e interagir com todos, mesmo com os outros gatos.

Não há pressa, afinal tem uma vida nova pela frente!

Por: Cátia Oliveira, Médica Veterinária
Espaço Gato – Clínica Veterinária

Artigo publicado na
Cats-PT Magazine em 27 de Novembro de 2019.

Virgilio SilvaComment